quarta-feira, 20 de junho de 2012

Ao Acordar

A miúda tem mau acordar. Sempre dormiu muito e ainda hoje, se a deixar dorme, 10 - 12h, sobretudo se não tiver dormido de tarde (excepção feita aos dias em que não há escolinha, não quer dormir e levanta-se fresca...). Até dá gosto vê-la.
Ou seja, se acordar por ela, menos mau, acordando-a é o fim do mundo.
Isto é um ponto assente e vou-me resignar definitivamente, a que ela, que tal como os adultos, tem o seu ritmo (eu própria não funciono bem na 1ª hora).
Ora o problema é que este facto entronca (linda palavra) nos preparativos para sair, na chegada à escolinha e na manhã lá passada... Fazer o quê? Dar-lhe um cafézinho? As tardes, depois da sesta, são sempre melhores.
Nos (meus) melhores dias lá consigo lidar com a coisa, fazer umas macadadas e respirar muito fundo, perante um interminável muros de lamentações. Nos outros, não.

Depois há os dias de excepção, em que consigo que adormeça cedo (já que à noite é o oposto, está cheia de energia, que ficava acordada até às tantas) e que acorda tranquila:
"- Mamã já tomaste o teu pequeno-almoço?"
"- Não" - na realidade sim.
"- Então vou ficar aqui 5 min e depois tu vens-me buscar."
"- Está bem." - enquanto fico a conversar e a fazer-lhe festas
...
"Mamã, tens fome?"
"Tenho."
"Então vai comer."

E despacha assim a mãe. E rio-me bastante. E lembro-me do dia em que não terá esta delicadeza ao chamar-me chata e irá descartar aquilo que agora tanto quer. E suspiro de novo.

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