A Joana adora que a avó N. a vá buscar à escola. Vão para casa dela, onde a miúda lancha (pela 2ª vez) o "leite chocolatado e as bolachinhas que eu gosto" [húngaros], vê o Disney Júnior, que em casa não temos, joga no computador, entre brincadeiras e mimos com a avó e a tia. Quando o pai a vai buscar, refila sempre que ainda é cedo e à 6ª feira poder ficar para jantar, é o delírio.
Quando, por algum motivo, os dias da avó são trocados reclama que queria ver o Disney e apetece-me esganar aquela mini-interesseira. Agora que a a avó foi ao Brasil também já se queixou do mesmo.
No entanto...
...no sábado, já ensonada, ao deitar-se na nossa cama, disse que não sabia quem era "aquela pessoa" na fotografia da mesinha de cabeceira e expliquei-lhe que era a minha avó Mimi, mãe da avó N, quando era novinha. Ficou muito triste, de beicinho e olhos cheios de água. Perguntei o que tinha e respondeu saudades.
"De quem?"
"Da avó N., que não volta do Brasil."
"Não fiques triste, está quase a voltar."
Aí é que ela caiu mesmo num choro solto... Abracei-a e confortei-a.
"Também tens saudades?" - perguntou.
"Sim, mas sei que passa rápido, é só uma semana e durante a semana andamos distraídos."
"Achas?"
"Sim. Olha, já sei vamos-lhe ligar?"
Ficou tão contente a falar com a avó que também está cheia de saudades!
E nós a acusá-la de interesse no lanche e TV. Os argumentos do carinho e colinho têm muito mais peso.
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