segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Depois da tempestade...

... vem o disparate.

Foi uma semana difícil, a culminar no hospital na manhã de 5ª feira, pois apesar da febre ter passado ao fim dos 3 dias típicos (com febrões de 40º ao fim de 6h...), a tosse era muita e deitava-a abaixo e de que maneira. Quando acordava tossia sem parar até conseguir deitar a porcaria toda fora.

Na 4ª feira nos anos da avó N. a miúda estava irreconhecível, congestionada, tosse, conjuntivite. Nunca a tinha visto tão doente como desta vez [a pediatra tem apontada a observação no livrinho dela de que aos 3 anos nunca tomou antibiótico]. Naquele dia já me custava demasiado ver o sofrimento dela e comentei com o pai que se não estivesse melhor no dia seguinte, era melhor irmos ao hospital. O mesmo raciocínio teve o avô que nos ligou logo de manhã a combinar. Confesso que, apesar do avô a ter auscultado e estar tudo limpinho, começava a pensar que podia ser outra coisa qualquer. Na 5ª feira teve o nome de rino-faringite, com origem vírica, que apesar de pomposo não é grave. Ufa! Depois das nebulizações que lá fez ("fuminhos") ficou mais tranquila e a partir daí, continuando a medicação foi sempre a melhorar.

No meio da confusão ainda houve saídas engraçadas desta miúda que está sempre a surpreender-nos:
- após uma crise de tosse, diz com um ar muito sério e combalido: "Peciso de um médico"
- quando lhe dissemos na 5ª feira que íamos ao médico exigiu a sua dra. Lurdes e quando lhe dissémos que nesse dia não podia ser: "Então quero o dr. avô N.! O avô é amigo das quianças!"
Tornou-se a fã nº 1 do meu pai, passou o tempo no hospital a reclamar com o médico que a atendeu a dizer que queria o avô "Pára com isso" - cheia de autoridade.

Finalmente a Joana está melhor, ainda não a 100%, mas o suficiente para o disparate. Aliás no fim-de-semana esteve determinada em fazer todas as asneirolas que não fez durante a semana (ou talvez na vida toda. De forma bastante concentrada.
No sábado fizemos a árvore de Natal (para a menina ficar mais feliz). Correu muito bem, quis ajudar em tudo, desde pôr os ramos a pôr bolas e bonecos. No final queria tirar as bolas todas e voltar a pôr. Não deixámos. No presépio cismou que tinham que ficar todos em fila indiana. Mesmo explicando que os reis magos ficavam mais atrás, porque ainda iam chegar, "Não mamã, já chegaram" e voltava tudo à fila. Depois achou que tinham que caber todos na "casinha"... Tudo pronto e passado um bocado comecei a ouvir bolas a cair seguidas. Tinha-se deitado no chão e às que conseguia chegar, voavam à patada, tipo gato: raspanete. Mais um bocado, chego à sala e a árvore estava decorada com peças do puzzle que "voaram" para a árvore. wtf?



Claro que a madrasta entrou em cena e prometeu que se continuasse o espectáculo a árvore ia direitinha para os arrumos. "Nãããão". Não aconteceram mais episódios. Até ontem que conseguiu partir o presépio que lhe tinham dado amigos no ano passado.



E queria investir sobre o "oficial". Aí acabou a pedagogia e disse-lhe que se partisse era mesmo uma "sapatada do rabo". "Nãããão" e afastou-se rapidamente da tentação.
Nunca, nunca vi nada igual. .  Nem quando tinha 1, nem 2 anos lhe deu para se "meter" com as decorações de Natal... E estas foram só as asneiras da quadra. Parece que a febre lhe queimou o fusível.


Cá para nós, antes assim do que doente. Mil vezes!
Hoje já foi para a escola.Venham daí essas birras matinais.

E já é Natal cá em casa (até ver...)


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