quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Cria

É mais ou menos isto:

"Cria" - Maria Rita

"Crescendo foi ganhando espaço
Pulou do meu braço
Nasceu outro dia

já quer ir pro chão
Já fala mãe, já fala pai
Já não suja na cama
Não quer mais chupeta, já come feijão
E posso até ver os meus traços

nos primeiros passos
Tropeça e seguro e não deixo cair

Se cai, levanta, continua
A porta da rua fechada
a criança não deixo sair
Da linha, da linha

Reflexo no espelho leva à emoção
A lágrima ameaça do olho cair
Semente fecundou
Já começa a existir


É cria, criatura e criador
Cuida de quem me cuidou
Pega na minha mão e guia"




segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Não sou nenhum bebé! - Conquistas

Em jeito de resumo, agora que os sinais de independência se intensificam.

Cá em casa já pouco há de bebé:
- o biberão foi rejeitado quando tinha 1 ano e pouco (por não gostar do leite) - agora é pela caneca com palhinha
- a chucha foi-se pouco antes dos 2 anos - quase repentino
- as fraldas, de dia deixou definitivamente há 1 ano. Tinha começado uns meses antes, mas regrediu e só depois foi de vez. À noite, foi por iniciativa própria, passado pouco tempo, a chegar aos 3 anos e só houve 2 acidentes.
- o pote só usa de manhã, embora prefira à sanita, porque assim via tv ao mesmo tempo...
- já não quer cadeirinha para comer, é da cadeira "dos grandes" e mesmo que fique baixa vai de "joelhinhos"
Aos poucos fui arrumando os acessórios de bebé e ficaram os de menina (buááááááá)


Na escola aperfeiçoou muito do que já ia fazendo e aprendeu a desenrascar-se, como:
- lavar os dentinhos lá atrás e bochechar
- vestir / despir toda a roupa e calçado
- ir à casa de banho sozinha (fui dar com ela sentada na sanita, sem banco para subir)
- comer tudo sozinha, incluindo a sopa
- tomar banho de chuveirada e secar-se
- não comer xixa, só carne e peixe ;), não ter dói-dóis, mas sim feridas, etc
Notei desde o Natal uma diferença muito grande, não só no Saber fazer, mas principalmente no Querer fazer. Aqui em casa quer mesmo fazer tudo sozinha e ajuda é só em última circunstância (ou por mimo). (Na escola chora porque quer que a ajudem... pelo amor da santa...)

A minha sempre bebé vai a passos largos para os 4 anos... Que crescida!
O colinho e o miminho serão para sempre (ou não - "Mamã deixa-me tar! É só um beijinho, não pode ser muitos beijinhos")

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Férias de Carnaval

E continuando na onda de sorte e prosperidade, o nosso Carnaval foi um autêntico... carnaval...

Na noite de 6ª para sábado a Joana vomitou várias vezes. De manhã passou, pensámos que foi qualquer coisa que caiu mal, por isso aproveitámos para passear bastante e ir até baloiços.

No domingo corria tudo bem, a Joana fartou-se de andar de triciclo e jogar à bola no terraço da avó R., mas quando chegámos aos meus pais, ao fim-da-tarde, começaram os enjoos meus e do pai... e foi uma procissão, pela noite dentro, de vómitos, com aquela sensação de que vamos morrer. Aí tivemos a certeza de que era uma virose, tipo gastroenterite, que deve ter vindo da escolinha. Anda por aí muita bicharada e tivémos a confirmação de vários meninos doentes lá.

Na 2ª feira ainda nos arrastámos para o restaurante, para o jantar/festa de Carnaval com a família, mesmo só para a Joana aproveitar, fantasiar-se e brincar com as primas (de qualquer maneira já era este o motivo...). Nós íamos vestidos de doentes, tal era o aspecto...

Na 3ª começou a febre da Joana... pelos vistos os vírus andavam cá por casa e o enguiço também. É abrir as janelas a ver se sai tudo!!!
Felizmente nunca foi febre alta, teve apenas uns picos e desapareceram de vez (truz, truz, truz) na 4ª feira.

E assim foram umas mini-férias de Carnaval estragadas. Não digo que não podia ser pior, porque podia.
E como também houve bons momentos, aqui ficam registados.




A minha princesa totós e caracóis gosta mesmo é de jogar à bola. Ainda o pai queria um menino para jogar com ele... sai-te!

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Carnaval na escolinha

Antes não queria o Carnaval. Depois queria o Carnaval com o vestido de princesa (do ano passado).
Lá a convenci que era uma princesa espanhola e  já só queria ir de "Palma de Maiorca" (isto é, com o vestido que trouxe a avó R. das férias).
E já não se continha de tanto esperar! Na 6ª feira passada foi o top da alegria ao chegar à escola, ver tudo preparado para a festa e os amigos mascarados.
É o amor/ódio em tudo! Estou para concordar com a frase "Não se pode ligar à canalha!"

Pelo meio de algum chorinco, ou porque não se queria vestir novamente depois de dormir, ou porque as serpentinas partiam, ou porque não queria fotografias (valha-me a santa), a festinha correu bem. Como como esteve bom tempo fizeram um piquenique no recreio, com direito a música e tudo.


Rescaldo S. Valentim

A nossa noite de S. Valentim foi tão, mas tão animada, que terminou no dia seguinte no hospital de S. João, com o papá da casa com um jeito nas costas...
Na verdade o papá magoou-se a jogar futebol, as costas deram um "esticão", piorou durante a noite e de manhã não conseguia sair sequer da cama. Teve que ser o bombeiro a levantá-lo e lá fomos passear de ambulância até ao hospital.
Os vizinhos efectivamente devem ter pensado que a noite foi animada, tal era a gritaria ;)
Felizmente foi "só" uma lombadfkfde...ia, já está quase recuperado à custa de muito injectável...

sábado, 18 de fevereiro de 2012

S. Valentim

Na escolinha o dia foi cheio de actividades para a Joana, que trouxe muitos trabalhinhos feitos lá para casa: um coração "chupa-chupa", um cartão coração pintado e um desenho feito pelo D, da sala dos 5 anos. Veio de lá muito feliz!

As educadoras incentivaram o desenho dedicado a um amiguinho especial. A Joana fez para o Z., mas infelizmente não foi correspondida. Estes difíceis amores... começa cedo! ;)  A troca foi entre todos e não propriamente menino/menina. Aliás, no dia anterior, quando perguntámos quem é que era o namorado, primeiro disse que não tinha e depois disse a M., que é uma menina dos 5 anos que tem sido mesmo especial.

Por isso, para já não quer saber de namorados e o pai continua a ser o príncipe dela. Antes assim, temos tempo!


sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

De onde vêm os bebés

Nunca pensei ter que responder tão cedo ao tema "Mamã, de onde vêm os bebés?"

Nos últimos tempos a Joana passou de não querer um irmão a querer quatro ao mesmo tempo.
Num mesmo dia começou com "Mamã não quero manos", "Só cabem aqui três, a Joana, a mamã e o papá" (no sofá, o agregado resumir-se-á a quem couber no sofá) e depois de muita confusão mental (minha, entenda-se), a desesperar, "prontos, mas também não há aqui mano nenhum", antes de ir para a escola terminou com "quero 4 bebés na barriga da mamã" entre lágrimas de infelicidade por não ter nenhum.
A questão de não querer tinha a ver essencialmente com a partilha dos brinquedos. Quando percebe que são brinquedos de bebé, partilha tudo e até quer 4.
Por isso agora fincou firme que quer um irmão.

E assim ontem à noite quando cheguei ao quarto e já estava ela deitada na cama diz-me:
"Estou muito triste mamã"
"Porquê?!" - my god, penso eu, que será agora.
"Porque eu queria um bebé e não tenho nenhum" - muito triste efectivamente
"Ó Joana temos que esperar que cresça na barriga da mamã"
"Mas como?! Como é que ele vai crescer?!" - com indignação
"Tem que ser um sementinha a crescer na barrinha da mamã. É como os feijões que pomos na terra, eles também crescem, não é?"
"Mas como? Como é que vamos arranjar feijões?!?" - com mais indignação.
"Tem que ser o papá a pôr uma sementinha na barriga da mamã"
"Ó papaááááá, tens que pôr uma sementinha na barriga da mamã!" - a chamar o pai, quase a chorar numa mistura de tristeza e alívio
"Sim Joana, mas temos que ter..."
"Paciência" - diz ela a terminar com a expressão de um livro que lemos no fim-de-semana
"Se não há uma grande confusão como acontenteceu com o Chip"
"Sim, o bebé não pára de chorar!" - descobre ela a pólvora 
"É isso"

Ufa... foi difícil...! Só contava com isto lá para os 8 anos no mínimo!

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

4 Piscas

Os 4 piscas são uma instituição nacional, não são? Já são património, qualquer dia da humanidade. Nada mais tuga do que pôr os 4 piscas em qualquer lado, haja ou não parqueamento disponível, estejam ou não já outros empecilhos no caminho. E o próximo que se lixe. Ah... tanto amor ao próximo!
Toda a gente tem pressa, uma pressinha, qualquer coisa a fazer rapidinho, mas parece haver pessoal que se acha com mais direito a incomodar.
Há o uso. E há o abuso.