sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Os pais, o amor e a economia


A Joana está doente, com uma daquelas viroses típicas (bem fazendo as contas já não estava há praticamente 3 meses, desde o Novembro horribilis).
Ontem dormiu comigo para ir acompanhando as febres e estado geral (tenho pânico dos picos).

No silêncio da noite ao adormecermos:
"Mamã, quando for grande vou viver nesta casa?"
"Sim, se quiseres podes morar" - enterneci-me
"Se o Rodrigo, irmão da Inês, me deixar eu vou escolher esta casa" - oh o amor
"Está bem, podem morar aqui ou na vossa casa, por exemplo aqui perto, vocês é que escolhem"
"Se ele não quiser, o problema é dele ele é que vai pagar!"
"Pagar? Pagar o quê?!"
"Pagar outra casa!" - oh a economia

Não sei se já eram neurónios avariados pelo adiantado da hora, mas não sabia se lhe havia de dar beijinhos por querer ficar connosco, enternecer-me pelo namorado fiel ou bater palmas pela perspectiva financeira! Por isso, ri-me e muito!
Por muitas incertezas que o futuro possa trazer, o tecto está garantido minha filha.

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