sábado, 16 de junho de 2012

O que a minha filha e o futebol (também) ensinam


"A sorte dele foi ter dado um pontapé na atmosfera" foi a frase que ouvi de passagem na rua entre dois "executivos" adeptos da selecção, sobre o golo do Varela, que à 1ª falhou a bola e à 2ª marcou o golo. Totalmente certa: à 1ª provavelmente acertaria no jogador adversário - e resumiu ali, sem querer, a essência da vida: às vezes temos mesmo que dar muitos pontapés na atmosfera, eu própria continuo a chutar.

"E no intervalo Portugal também ganha?" - para esta miúda, perder nem pensar, ganhar até se ganha o intervalo, não é só a 1ª, nem a 2ª parte.

"Aquela miúda não gosta nada de perder, já viste?" - dizia uma mãe para uma avó após a big birra no jogo do galo, que eu apenas a impedi que ganhasse. Claro que a repreendi e nem joguei mais. No entanto, já vi adultos fazerem figura pior por perderem e em coisas, vá, idênticas. Tragam de lá essas crianças que gostam de perder, que eu quero ver.
Quando tudo pressiona a miudagem (e não só) para o sucesso, para o correcto, para o bonito, perfeito e ideal, digo eu que é o que passamos a vida a tentar fazer.




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